Mãe alega que médica matou filha ao furar seu pescoço com unhas de gel no parto
O caso aconteceu nesta quarta-feira (8), na maternidade Albert Sabin, em Salvador. Mãe afirma que houve violência obstétrica por parte da médica e hospital
Uma mãe denunciou a maternidade estadual Albert Sabin, em Salvador, acusando a médica responsável pelo parto de violência obstétrica após a morte da sua bebê, Anabelly, durante o parto. O caso, ocorrido na quinta-feira (31), está sendo investigado pela Polícia Civil. Segundo a mãe, a médica estava com unhas de gel e teria perfurado o pescoço da criança ao puxar a criança da vagina.

Em entrevista à TV Bahia, filiada da TV Globo no estado, a mãe, Liliane Ribeiro, relatou que enfrentou uma série de abusos no hospital. Mesmo com recomendação para um parto cesárea devido ao tamanho do bebê, ela afirma que foi obrigada a passar por um parto normal e que foi maltratada e abandonada pela médica antes do parto ser finalizado. Segundo Liliane, a médica teria perfurado o pescoço da bebê ao puxá-la durante o parto, resultando na morte da criança.
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Liliane, que realizou o pré-natal tanto em uma unidade pública quanto em uma privada, afirma que o acompanhamento particular indicou que uma cesárea seria mais segura para ela e o bebê, que estava saudável e sem complicações. No entanto, ao chegar à maternidade Albert Sabin na quarta-feira (30), após o rompimento da bolsa, ela esperou 40 minutos para ser atendida e recebeu pouco suporte para optar pelo tipo de parto.
Durante o procedimento, Liliane alega que a equipe a pressionou de forma agressiva e usou expressões como "rasgada até o talo" para incentivá-la a fazer força. Segundo ela, quando a cabeça da bebê estava prestes a sair, a médica realizou uma manobra que teria ferido o pescoço da criança, que ao finalizar o parto, a bebê já estava sem vida.
O hospital, em contrapartida, alega que a criança nasceu morta, no entanto, a mãe pontuou que a médica chegou a mostrar a cabeça da bebê se movimentando durante o trabalho de parto. A família, que rejeitou a informação do hospital, registrou um Boletim de Ocorrência e solicitou que o corpo fosse encaminhado ao Instituto Médico Legal (IML) para exame de necropsia.
A Secretaria de Saúde da Bahia (Sesab) afirmou, em nota, que investigará o ocorrido com transparência. A Polícia Civil está conduzindo a investigação.
Confira a nota na íntegra da Sesab:
A Secretaria da Saúde do Estado da Bahia (Sesab) manifesta profunda consternação diante do incidente ocorrido na maternidade Albert Sabin. Reiteramos que nossa prioridade é a segurança e o bem-estar de todos os envolvidos, incluindo pacientes, familiares e profissionais de saúde.
Esclarecemos que, após a ocorrência de um desfecho infeliz durante o procedimento obstétrico, todas as medidas de apoio e acolhimento à família foram imediatamente tomadas, em respeito à dor enfrentada neste momento delicado.
Ressaltamos ainda que uma sindicância será rigorosamente conduzida para apurar com transparência as circunstâncias do óbito, respeitando os direitos dos envolvidos e mantendo o compromisso com a ética e a excelência no atendimento.
Além disso, é inadmissível que qualquer profissional da área seja submetido a atos de violência enquanto cumpre seu dever de cuidado e assistência, e reforçamos que esse tipo de conduta jamais será tolerado em nossas unidades. Nossas equipes de saúde seguem empenhadas em oferecer o melhor cuidado possível, reafirmando a importância do diálogo e do respeito mútuo para enfrentarmos com solidariedade situações tão difíceis".
Depois, em nova nota, a secretaria defendeu a atuação de seus profissionais. Veja o texto:
Todos os profissionais da Maternidade Albert Sabin são orientados a dar um tratamento digno a todos as pacientes. As condutas devem ser pautadas por um bom acolhimento e melhor assistência.
Fonte: Portal AZ