PF e CGU investigam fraudes de R$ 9 milhões em licitação de saneamento no MA

Operação Dolo Malo apura desvios em contrato milionário em Timon e Teresina

Por Dominic Ferreira,

A Polícia Federal (PF), em parceria com a Controladoria Geral da União (CGU), deflagrou na manhã desta quinta-feira (19) a Operação Dolo Malo, com o objetivo de combater fraudes em uma licitação de R$ 9,18 milhões no município de Timon, Maranhão. O contrato, financiado pela Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba (Codevasf), previa obras de saneamento básico, mas as investigações apontam direcionamento do processo licitatório e pagamento de propinas.  

Foto: Reprodução/Polícia FederalOK
Operação Dolo Malo.

Segundo a PF, um grupo criminoso formado por empresários, servidores públicos e familiares manipulou a concorrência para favorecer a empresa vencedora. Após a assinatura do contrato, os envolvidos teriam movimentado cerca de R$ 12 milhões de forma suspeita, utilizando empresas de fachada e contas bancárias de parentes para ocultar os valores desviados. Transferências financeiras tinham como destino final gestores da prefeitura de Timon, apontados como beneficiários diretos dos pagamentos ilícitos.  

Foto: Reprodução/Polícia FederalOK
Dinheiro apreendido.

Na ação, 15 mandados de busca e apreensão foram cumpridos em Timon (MA) e Teresina (PI), mobilizando 40 agentes da PF e servidores da CGU. Durante a operação, foram apreendidos sete veículos e R$ 93,7 mil em espécie. Os envolvidos são investigados por crimes como associação criminosa, peculato, corrupção ativa e passiva, além de frustração do caráter competitivo da licitação. Caso sejam condenados, as penas somadas podem chegar a 47 anos de prisão.  

Foto: Reprodução/Polícia FederalOK
Itens apreendidos.

O nome da operação, Dolo Malo, significa "má intenção" em latim, refletindo o propósito deliberado dos suspeitos de fraudar os cofres públicos. As autoridades reforçam que o esquema desmantelado comprometeu recursos destinados a melhorias no saneamento básico, prejudicando diretamente a população de Timon. A PF e a CGU continuam investigando o caso para identificar outros possíveis envolvidos e recuperar os valores desviados.

Fonte: Polícia Federal

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