Tatiana Medeiros é indiciada pela Polícia Federal por corrupção eleitoral
O namorado e o padrasto da parlamentar também foram indiciados
A vereadora Tatiana Medeiros foi indiciada pela Polícia Federal sob suspeita de envolvimento com uma organização criminosa e de ter utilizado recursos ilícitos para financiar sua campanha eleitoral. A parlamentar irá responder pelos crimes de corrupção eleitoral, lavagem de dinheiro, falsidade ideológica eleitoral, apropriação indébita e peculato-desvio, prática popularmente conhecida como “rachadinha”.

Segundo as investigações, Tatiana teria recebido apoio financeiro de uma facção criminosa para garantir sua eleição, além de desviar recursos públicos por meio do Instituto Vamos Juntos, entidade fundada por ela e que teve as atividades suspensas por decisão judicial. Durante buscas no local, a PF encontrou documentos com listas de eleitores, comprovantes de transferências via Pix e registros de pagamentos ligados à compra de votos, no valor de R$ 100 cada.
- Participe do nosso grupo de WhatsApp
- Participe do nosso grupo de Telegram
- Confira os jogos e classificação dos principais campeonatos
Além da vereadora, seu namorado, Alandilson Cardoso Passos,e seu padrasto, Stênio Ferreira Santo, também foram indiciados. Ambos são apontados como integrantes do esquema de compra de votos e lavagem de dinheiro, que envolvia também a mãe da parlamentar, Maria Odélia Medeiros.
Alandilson, segundo áudio obtido pela PF, teria investido R$ 1 milhão na campanha de Tatiana e chegou a afirmar que a facção criminosa teria uma representante na Câmara Municipal.
Habeas corpus negado
Na última segunda-feira (14), o Tribunal Regional Eleitoral do Piauí (TRE-PI) manteve a prisão preventiva de Tatiana Medeiros, que está detida desde o dia 3 de abril. A decisão foi tomada por maioria dos votos (5 a 2), após a Corte rejeitar o pedido de habeas corpus protocolado pela defesa.
O presidente do TRE, desembargador Sebastião Ribeiro Martins, afirmou que os requisitos para a prisão preventiva “estão devidamente comprovados” e destacou a gravidade das acusações.
A vereadora segue presa há 13 dias.
Fonte: Portal AZ