Deputados fingem que ainda estão em 2022 para votar o Orçamento de 2023
Deixando para janeiro o que era obrigação limpar toda a pauta do ano passado
Os deputados estaduais do Piauí estão fazendo de conta que participam, nesta semana, da última semana do mês de dezembro de 2022, para votar alguns projetos do governo, fazer duas sabatinas e, ainda, aprovar o Orçamento Geral do Estado para o exercício de 2023.
Deixando para janeiro o que era obrigação limpar toda a pauta do ano passado, ainda no mesmo ano, os deputados vão questionar a deputada federal Rejane Dias sobre o seu notável saber jurídico para que eles discutam, critiquem, elogiem e, finalmente decidam, na votação, se a parlamentar, ex-primeira-dama, esposa do ministro Wellington Dias, tem reais condições de ocupar o cobiçado cargo de conselheira do Tribunal de Contas do Estado.
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Mas como todos conhecem os deputados governistas - 26 dos 30 membros da Assembleia Legislativa - e também os oposicionistas, Rejane, que nunca frequentou uma escola de Direito, pode até dizer que não sabe sequer somar 2+2, que eles não atentarão para isso e, como num passe de mágica, estarão aprovando-a como a terceira mulher indicada politicamente para a Corte de Contas.

No TCE, com Rejane, a bancada das mulheres será de quatro conselheiras, mas uma delas, Waltania Alvarenga não era filiada a partido político (como Flora Isabel) e nem foi esposa de governadores, como Lilian Martins e, agora, Rejane Dias.
Waltania foi escolhida por ter profundo conhecimento jurídico. É concursada como procuradora do Ministério Público de Contas.
Sabatina
Aproveitando o clima de inquietações de Brasília, que, afinal, chama a atenção em todos os Estados, o governador Rafael Fonteles terminou encaminhando o nome da esposa de Wellington Dias para a Alepi aprovar. Ela não deve ter nenhum concorrente, como nas vezes anteriores.
A outra sabatina é do deputado estadual José Santana para a presidência da Agespisa. Santana, advogado, e experimentado executivo, não deve temer. Primeiro, pela camaradagem dos colegas e, segundo, porque tem experiência de gestor. Aliás, nem precisaria, porque Wellington Dias já nomeou para lá todo tipo de gente, muitas, sem qualquer experiência de gerenciamento de uma bodega.
Quem sabe, Santana tira a Agespisa do buraco. Ou a enterra, definitivamente.
Fonte: Portal AZ