Franzé ameaça demitir comissionados que não entregarem certidões até 3 de março

Ele termina alvoraçando até servidores efetivos com exigência da “folha corrida”

Por Redação do Portal AZ,

Em uma gestão de menos de 30 dias, muito tumultuada, cheia de atropelos nas decisões internas, o presidente da Assembleia Legislativa, Franzé Silva, mostra aparente dificuldade de comando. Na manhã desta terça-feira (14), ele levou para o plenário do legislativo o que já tinha espalhado na segunda-feira através do instagram. 

Foto: Divulgação/AlepiPresidente da Assembleia, Franzé Silva
Presidente da Assembleia, Franzé Silva

Uma das informações que não se ouviu ou leu nas redes sociais é a de que os comissionados que Franzé nomeou de 31 de janeiro para cá, terão até o dia três de março para se recadastrarem. Ou seja, para apresentarem a chamada “folha corrida”, as certidões criminais das Justiças Federal, Eleitoral, Estadual e Militar. 

O susto, por ter sido flagrado nomeando um morto (o coronel Lindomar Castilho, nome de cantor famoso) e um traficante (Ramon Santiago Matos do Nascimento) indicado pelo deputado Georgiano Neto, deixou o presidente do legislativo bastante apavorado com o que ainda pode ser encontrado de irregular em sua mal iniciada gestão. 

Ele exige até certidão fornecida pela polícia ou justiça militar. Que não tem qualquer valor  legal. 

O presidente exagera também quando nomina esses comissionados de “servidores”. Servidores eles não são, porque eles nunca aparecerão para trabalhar até porque espaço físico não há no prédio do legislativo para abrigar centenas de milhares. 

E a determinação para levar a “folha corrida” não atinge os efetivos servidores, aos quais, Franzé precisa tranquilizar. Os efetivos servidores não precisam se justificar. 

Porém, na manhã desta terça-feira muitos servidores efetivos estavam procurando repórteres, preocupados com a decisão do presidente, de alertar que quem não apresentar as certidões negativas será exonerado.  

Minha máxima culpa 

O presidente do legislativo em nenhum momento assumiu a culpa. Procurou atribuir as mancadas aos deputados, principalmente a Georgiano Neto, em cujo gabinete o traficante estava lotado, mas sem citar o seu nome. 

"Essa é uma forma de tornar mais rigoroso o processo de nomeação de servidores, prevenindo a ocorrência de problemas como o que foi identificado nessa segunda-feira. Não podemos permitir isso e comunicamos aos deputados que reforcem com seus chefes de gabinete que providenciem, urgentemente, essas adequações. Vamos reforçar o controle e fiscalização administrativa na Casa", disse o presidente. 

Franzé terminou informando que já foi recolhido o salário que havia sido pago ao traficante Ramon Santiago Matos do Nascimento.

Fonte: Alepi

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