As relações perigosas de Franzé: ele nomeou mais um suspeito como assessor
O sujeito foi condenado a 18 anos de reclusão
Quem saiu na frente foi o portal Viagora, com reportagem da jornalista Dani Sá (ex-portal AZ) que divulga a inusitada nomeação de um sujeito condenado a 18 anos de reclusão, como assessor do presidente da Assembleia Legislativa do Piauí.

O primeiro denunciado que Franzé nomeou foi Ramon Santiago Matos Nascimento, recolhido na penitenciária de Altos sob acusação da polícia de pertencer a uma quadrilha de traficantes de drogas e de lavagem de dinheiro. Clique aqui e veja toda a cobertura do caso.
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Leia o texto de Dani Sá:
“Josimar Holanda Nunes, mais conhecido como “Mazinho”, foi condenado por homicídio triplamente qualificado pela morte do vereador Titico Barbosa, assassinado com disparos de arma de fogo e facadas quando comemorava a reeleição na noite de 14 de outubro de 2012, no povoado Angical dos Domingos, no município de Picos. No julgamento ocorrido em fevereiro de 2015, Mazinho foi condenado a 27 anos e 11 meses de reclusão por homicídio, lesão corporal, posse de arma branca e arma de fogo. A pena foi posteriormente reduzida pelo Tribunal de Justiça do Piauí, por intermédio de uma revisão criminal. Em livramento condicional desde 16 de janeiro de 2023, Mazinho esbarra em um outro problema: o juiz de execuções penais ao conceder o benefício fixou uma série de condições, dentre elas, a proibição de ausentar da Comarca em que reside por período superior a 15 dias e de mudar de residência sem autorização judicial. Mazinho mora em Picos, o que impediria de trabalhar na Alepi. A pena dele está prevista para terminar em 17 de novembro de 2027.
Nomeação
A nomeação de Mazinho foi publicada no Diário Oficial da Alepi, na edição de 02 de fevereiro de 2023, com efeitos retroativos a 1º de janeiro de 2023. O cargo comissionado com salário estipulado de PL-15 (nomenclatura que define os valores dos cargos em comissão), é exercido junto aos órgãos da Administração Superior. Em 17 de fevereiro, o presidente Franzé Silva exonerou Josimar Holanda Nunes e no mesmo dia o renomeou com o mais alto cargo comissionado da ALEPI, sigla PL-16, com salário de R$ 9 mil.
Exoneração
Após a repercussão negativa da nomeação do acusado de tráfico de drogas Ramon Santiago Matos Nascimento, que foi exonerado após o caso virar notícia em rede nacional, Franzé Silva também exonerou Mazinho. A exoneração foi assinada pelo presidente da Alepi e publicada no Diário Oficial no dia 13 de março". Clique aqui e veja a matéria original.
Soluções mágicas
Desde que assumiu o cargo de presidente do legislativo piauiense, Franzé Silva tem aparecido em tudo: solução dos transportes públicos municipais (que nunca resolve); tem intervido em problemas de salários de servidores (que também não resolve); entra no caso das enchentes de Teresina e terminou por nomear como assessor um coronel da PM que havia morrido e, como se vê, dois sujeitos envolvidos com sérios crimes.
Não é à toa que o deputado de segundo mandato passou a ser chamado de o homem das soluções mágicas. Elas surgem e, quando dão problema, ele apaga. Ou tenta esconder. Só resta agora Franzé informar qual foi o deputado que pediu a admissão de MaZinho.
Fonte: Portal Viagora