Ministro da Defesa causa polêmica ao fazer comentário sobre o Nordeste

"Sonho do pobre do Nordeste é ser pobre no Sul"

Por Redação do Portal AZ, 21/06/2023 08:51 - Atualizado às 13:22

O ministro da Defesa, José Múcio, gerou controvérsias ao fazer um comentário durante um discurso nesta segunda-feira (19), afirmando que o "sonho do pobre do Nordeste é ser pobre no Sul". O ministro, natural de Pernambuco, fez essa declaração ao destacar a importância da união entre governistas e opositores para enfrentar desafios como o desemprego, a fome e as diferentes realidades do país.

Foto: José Cruz/Agência Brasil José Múcio

O ministro é natural do estado de Pernambuco

Durante um evento virtual promovido pelo Instituto para Reforma das Relações entre Estado e Empresa (IREE) sobre defesa nacional do Brasil, Múcio defendeu o diálogo como uma ferramenta fundamental e ressaltou as dificuldades enfrentadas pela população, citando os 10 milhões de desempregados e os 33 milhões de pessoas vivendo em situação de insegurança alimentar.

No entanto, suas palavras sobre o Nordeste geraram críticas nas redes sociais, com muitos usuários considerando o comentário preconceituoso e pedindo a demissão do ministro. Alguns internautas classificaram a declaração como "infeliz" e ressaltaram as qualidades e a importância dos estados nordestinos.

Em resposta às críticas, a assessoria do Ministério da Defesa enviou uma nota ao Estadão, destacando a origem pernambucana do ministro e afirmando que sua intenção era ressaltar as desigualdades entre as regiões do país. Segundo a nota, Múcio possui profundo conhecimento das disparidades sociais e econômicas do Brasil, e seu comentário visava destacar a injusta diferença na renda per capita entre o Nordeste e as regiões Sul e Sudeste, enfatizando a necessidade de acabar com essas desigualdades.

A declaração do ministro suscitou um debate sobre as desigualdades regionais no Brasil e a importância de se combater o preconceito e promover a união entre todas as regiões do país para enfrentar os desafios sociais e econômicos.

Fonte: Com informações do Correio Braziliense