Ministro vota pela inelegibilidade de Bolsonaro por oito anos
O TSE retomará o julgamento na próxima quinta-feira
Depois de de cinco horas lendo um relatório de mais de 300 páginas, o ministro Benedito Gonçalves votou para condenar o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e deixá-lo inelegível pelo prazo de oito anos.
O ministro é o relator da ação em julgamento no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) por uma reunião de Bolsonaro com embaixadores em 2022, de autoria do PDT.
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O voto de Benedito Gonçalves pela condenação de Bolsonaro já era esperado é muito discutido entre bolsonaristas como muito suspeito. Para Benedito, ficou comprovado abuso de poder político e uso indevido dos meios de comunicação em que Bolsonaro fez ataques ao sistema eleitoral na reunião com diplomáticos de vários países.
A sessão do TSE foi encerrada para ser retomada na próxima quinta-feira (29) quando os demais ministros estarão apresentando seus votos. Há esperança entre bolsonaristas de algum ministro pedir vista.
Entenda o caso
A Corte eleitoral retomou a análise do caso nesta terça-feira (27) com o voto do relator. Demais ministros votarão na quinta-feira (29).
Na última quinta-feira (22), se manifestaram os advogados das partes e o Ministério Público Eleitoral (MPE).
Em seu voto, Benedito disse que as provas do processo apontam para a conclusão de que Bolsonaro “foi integral e pessoalmente responsável pela concepção intelectual do evento” com embaixadores.
“Isso abrange desde a ideia de que a temática se inseria na competência da Presidência da República para conduzir relações exteriores – percepção distinta que externou o ex-chanceler ao conceituar a matéria como um tema interno – até a definição do conteúdo dos slides e a tônica da exposição – que parece ter sido lamentada pelo ex-chefe da Casa Civil”, afirmou.
Benedito Gonçalves foi duríssimo nas palavras usadas em seu voto. Ele disse que teorias conspiracionistas e mentiras de Bolsonaro não estão respaldadas na liberdade de expressão e que ele usou redes sociais para incitar dúvidas, insegurança, desconfiança, conspiracionismo e paranoia coletiva.
Fonte: Com informações da CNN Brasil