Nikolas Ferreira é eleito presidente da Comissão de Educação da Câmara
O parlamentar afirmou, em vídeo enviado à comissão, suas intenções de realizar audiências públicas, instalar subcomissões e fiscalizar a atuação do governo
O deputado federal Nikolas Ferreiras (PL-MG) foi eleito presidente da Comissão de Educação da Câmara, nesta quarta-feira (6), em meio a críticas e polêmicas por parte de congressistas aliados ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Governistas tentaram adiar e impedir a votação, que terminou com 22 votos a favor e 15 em branco.

Os deputados governistas temem que, sob o comando de Nikolas, as pautas prioritárias do governo federal para a educação não avancem. Projetos como o Novo Ensino Médio e o Plano Nacional de Educação estão em espera no Congresso, e a expectativa é que enfrentem dificuldades para serem aprovados.
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Nikolas Ferreiras afirmou, em vídeo enviado à comissão, suas intenções de realizar audiências públicas, instalar subcomissões e fiscalizar a atuação do governo na área da educação. Ele destacou pautas como o ensino em casa (homeschooling), defendido por congressistas conservadores como alternativa ao suposto viés ideológico na educação básica do país.
Ativista pela educação, a deputada Tabata Amaral (PSB-SP) lamentou a escolha de Nikolas para presidir a comissão, destacando que o debate educacional está sendo prejudicado pela polarização ideológica. Ela expressou sua preocupação com a possibilidade de alguém que defende uma pauta extremista e não possui experiência na sala de aula assumir esse papel estratégico.
Durante a reunião, o deputado Rogério Correia (PT-MG) propôs o adiamento da eleição devido à ausência de Nikolas, que estava de licença paternidade. A deputada Duda Salabert (PDT-MG) mencionou que o congressista do PL foi condenado por ofensas transfóbicas em ação movida por ela, reforçando a oposição à sua candidatura.
Em defesa de Nikolas, o deputado Marco Feliciano (PL-SP) argumentou que o presidente eleito do colegiado foi o deputado mais votado do país em 2022 e que é necessário respeitar sua posição. Ele enfatizou que Nikolas é mais prejudicial debatendo do que como presidente da comissão, e que esta última função é meramente administrativa.
Fonte: Com informações da CNN