Lula promete apuração rigorosa sobre denúncias de assédio contra Silvio Almeida

Presidente garante que Silvio Almeida terá direito à defesa, mas não tolera assédio no governo

Por Dominic Ferreira,

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva declarou, nesta sexta-feira (6), que o ministro dos Direitos Humanos e da Cidadania, Silvio Almeida, terá direito à defesa diante das acusações de assédio sexual. No entanto, Lula reforçou que o governo não permitirá que alguém envolvido em assédio continue em sua equipe, alinhando-se à prioridade de combater a violência contra as mulheres.

Foto: Reprodução/Marcello Casal Jr/Agência BrasilPresidente reafirma que membros do governo acusados de assédio não terão continuidade no cargo.
Presidente reafirma que membros do governo acusados de assédio não terão continuidade no cargo.

“Alguém que pratica assédio não vai ficar no governo”, afirmou o presidente, em entrevista à Rádio Difusora, em Goiânia. Ele destacou a importância da presunção de inocência, mas ressaltou que o governo precisa ser coerente em seu compromisso com os direitos humanos e a defesa das mulheres.
As denúncias contra Almeida surgiram em uma reportagem publicada pelo site Metrópoles, na quinta-feira (5), que afirmou que o ministro foi acusado de assédio sexual por mulheres atendidas pela organização Me Too Brasil. A organização confirmou as acusações, informando que as vítimas receberam acolhimento psicológico e jurídico. Uma das denunciantes seria a ministra da Igualdade Racial, Anielle Franco.
Diante da gravidade das acusações, Lula determinou que Silvio Almeida preste esclarecimentos à Controladoria-Geral da União (CGU), Advocacia-Geral da União (AGU) e ao Ministério da Justiça e Segurança Pública (MJSP). Ele também destacou que a Polícia Federal investigará o caso.
O presidente indicou que consultará os ministros da CGU, AGU e MJSP, além de ministras do governo, antes de tomar uma decisão final sobre a permanência de Almeida no cargo. "Eu não posso permitir que um erro pessoal prejudique o governo", acrescentou Lula, reiterando que assédio é incompatível com os princípios democráticos e de respeito aos direitos humanos.
Em resposta às denúncias, Silvio Almeida negou veementemente as acusações, classificando-as como “mentiras” e “ilações absurdas” destinadas a prejudicá-lo. Ele afirmou que já solicitou apurações oficiais do caso. Até o momento, a ministra Anielle Franco não se manifestou publicamente sobre o assunto.
A Comissão de Ética Pública (CEP) também informou que abriu um procedimento preliminar para investigar o caso, enquanto a Polícia Federal confirmou que conduzirá uma apuração independente das acusações.

Fonte: Agência Brasil

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