PSD calcula adesão à anistia em meio a pressão de Bolsonaro

PSD avalia apoio à anistia em cenário de pressão de Bolsonaro. Presidente do partido manté

O PSD, liderado por Gilberto Kassab, está avaliando a possível adesão de seus parlamentares ao projeto de anistia relacionado aos eventos de 8 de janeiro, caso o tema seja efetivamente discutido na Câmara dos Deputados.

Pressionado pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), que mencionou publicamente o suposto apoio do partido à anistia durante um evento político no Rio de Janeiro, o partido de centro encontra-se em uma posição delicada.

Em suas declarações, Bolsonaro afirmou: “Eu, inclusive, há poucos dias tive uma questão antiga resolvida com Kassab, em São Paulo. Ele e sua bancada estão ao nosso lado para aprovar a anistia em Brasília. Todos os partidos estão se unindo”, enfatizando uma possível aliança.

Diante desse cenário, o presidente do PSD tem evitado comentar publicamente sobre o assunto, deixando aliados em dúvida sobre o real teor do acordo com o ex-presidente.

Fontes próximas a Kassab sugerem que a postura cautelosa do líder do PSD visa manter uma relação próxima com Bolsonaro e sua base eleitoral fiel, visando as eleições de 2026.

Além disso, atualmente ocupando o cargo de secretário de Relações Institucionais de Tarcísio de Freitas (Republicanos) em São Paulo, Kassab tem planos de se candidatar a vice-governador no próximo pleito. Em uma eventual ausência de Tarcísio, o presidente do PSD poderia concorrer ao cargo de governador de São Paulo como cabeça de chapa.

Com uma bancada de 44 deputados federais, o PSD aguarda o avanço do projeto na Câmara dos Deputados para iniciar discussões internas sobre a possível adesão à proposta de anistia.

O partido de Bolsonaro se comprometeu a solicitar urgência na tramitação do projeto ainda nesta semana, com o objetivo de acelerar sua análise e votação.

Em declaração à CNN, o presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), afirmou que irá discutir a urgência da proposta com os líderes da Casa, demonstrando a relevância e a sensibilidade do tema no cenário político atual.

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