STF inicia julgamento sobre seis réus em plano de golpe nesta terça-feira

Primeira Turma avaliará denúncia da PGR sobre ações para sustentar Bolsonaro no poder

Por Dominic Ferreira, 22/04/2025 08:12

O Supremo Tribunal Federal (STF) dará início, nesta terça-feira (22), ao julgamento do chamado “núcleo 2” da denúncia apresentada pela Procuradoria-Geral da República (PGR), que investiga uma suposta tentativa de golpe de Estado ocorrida em 2022. A Primeira Turma do STF é a responsável por avaliar o caso e reservou três sessões para discutir a matéria: uma pela manhã, outra à tarde e, se necessário, uma terceira na manhã de quarta-feira (23).

Foto: Reprodução Stf

Supremo Tribunal Federal

Durante as audiências, os ministros irão decidir se aceitam transformar em réus mais seis denunciados pela PGR, analisando se as evidências apresentadas justificam a abertura de uma ação penal. A acusação afirma que esse grupo organizou ações para “sustentar a permanência ilegítima” do então presidente Jair Bolsonaro (PL) no poder, levantando sérias preocupações sobre a integridade do Estado democrático de direito.

Os denunciados do núcleo 2 incluem figuras proeminentes, como Silvinei Vasques, ex-diretor-geral da Polícia Rodoviária Federal (PRF), e Marília Ferreira de Alencar, delegada da Polícia Federal e ex-diretora de Inteligência do Ministério da Justiça. Outros envolvidos são Marcelo Costa Câmara, Fernando de Sousa Oliveira, Mario Fernandes e Filipe Garcia Martins. Eles são acusados de crimes graves, incluindo a abolição violenta do Estado democrático, tentativa de golpe de Estado e envolvimento em organização criminosa armada.

No final de março, a Primeira Turma já havia aceitado, por unanimidade, a denúncia contra Jair Bolsonaro e mais sete pessoas, incluindo ex-ministros de seu governo. A turma é composta por cinco ministros: Cristiano Zanin (presidente), Alexandre de Moraes (relator), Cármen Lúcia, Luiz Fux e Flávio Dino. O julgamento é crucial na análise das ações que tentaram desestabilizar o governo e a democracia no Brasil.

Fonte: Correio Braziliense