MPF diz que a Operação Topique é a Lava Jato do Piauí e nega risco de queima de arquivo de Carlos Magno

Órgão ministerial realizou entrevista coletiva na manhã desta terça-feira dando mais detalhes sobre a operação

Por Lucas Sousa,

O Ministério Público Federal (MPF) concedeu entrevista coletiva na manhã desta terça-feira (29), onde forneceu detalhes à imprensa a respeito da denúncia de 22 investigados na Operação Topique, deflagrada pela Polícia Federal em 22 de agosto do ano passado, que apura o desvio de cerca de R$ 120 milhões do transporte escolar da Seduc.

Coletiva na sede do MPF (Foto: Lucas Sousa/Portal AZ)

Entre os denunciados no MPF está o ex-prefeito de Campo Maior, Paulo Martins, Salete Rêgo, ex-prefeita de Miguel Alves, e Eudes Agripino, ex-prefeito de Fronteiras.

Ao iniciar a entrevista, o coordenador da Força-Tarefa, o procurador da República, Marco Aurélio Adão, se referiu às investigações como a “Lava Jato do Piauí”, segundo ele, uma das maiores da história do Estado.

Marco Aurélio Adão (Foto: Lucas Sousa/Portal AZ)

Adão afirmou que a operação da PF em conjunto com o MPF em Curitiba serve de inspiração para o grupo no Piauí. “Queremos que as investigações da Operação Topique tenham início, meio e fim porque são crimes de Lesa Pátria, uma vez que tiram recursos da educação pública”, disse.

Sobre a citação de deputados federais e ex-candidatos nas últimas eleições, que teriam sido citados em gravações supostamente se beneficiando do empréstimo de veículos, o MPF afirma que esse não é o foco das investigações. De acordo com Marco Aurélio Adão, os citados podem nem ter ciência dos empréstimos dos carros.

“Não era um esquema voltado especificamente para a campanha eleitoral, era um espécie de sublocação, nem temos a certeza se esses beneficiários tinham ciência da origem desses veículos”, disse Marco Aurélio.

Investigação 

De acordo com os procuradores, Luiz Carlos Magno, que está preso na Casa de Custódia de Teresina, é realmente o líder da organização criminosa que atuava em fraudes à licitações de prefeituras municipais. “O senhor Luiz Carlos juntamente com outros membros da organização criminosa criava váriAs empresas com o intuito de burlar os órgãos de controle”, declarou Marco Aurélio Adão.

Risco de integridade 

Sobre uma possível ameaça à integridade física de Carlos Magno, os procuradores afirmaram não passar de especulação da imprensa.

Delegado Leonardo Leite (Foto: Lucas Sousa/Portal AZ)

O delegado da Polícia Federal, Leonardo Leite disse que não cabe à PF custodiar presos nessa situação. “Acreditamos no Estado, acreditamos que o Estado tem a capacidade de proteger os seus detentos e não cabe a nós duvidarmos disso. Também não cabe a nós fazer essa Custódia porque aqui não temos estrutura para isso”, disse Leonardo Leite.

Assista aos vídeos abaixo:

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