MPPI aponta irregularidades no Hospital Areolino de Abreu e cobra melhorias

As vistorias realizadas identificaram sérios problemas estruturais e descaso do estado com o hospital

Por Alana Vargas,

O Ministério Público do Estado do Piauí, através da 12ª Promotoria de Justiça de Teresina, que é especializada na defesa da saúde pública, entrou com uma ação civil pública com pedido de urgência contra o Estado do Piauí. O objetivo é que sejam resolvidas as irregularidades encontradas no Hospital Areolino de Abreu. O promotor de justiça responsável pela ação é Eny Marcos Pontes.

Foto: ReproduçãoHospital Aerolino de Abreu
Hospital Aerolino de Abreu

As inspeções realizadas pelo Conselho Regional de Medicina e pela Diretoria de Vigilância Sanitária e Ambiental (DIVISA) encontraram problemas na estrutura e na prestação de serviços da unidade de saúde. Diante dessa situação de descaso e negligência com a segurança dos pacientes e profissionais, o Ministério Público decidiu ingressar com a ação, pois segundo a promotoria, o Estado não tem demonstrado interesse em garantir um serviço hospitalar regular, eficiente e seguro

Foram identificados diversos problemas no hospital, incluindo a necessidade de uma ampla reforma por conta de calhas furadas, infiltrações, mofo e fiações elétricas expostas. Também foi constatada a falta de um plano de tratamento individual para cada paciente, além de equipamentos ausentes para os profissionais dos setores de odontologia e fisioterapia.

Além disso, a quantidade de médicos e profissionais de psicologia é insuficiente para atender adequadamente os pacientes, o que vai contra as leis vigentes.

.O Ministério Público está solicitando ao Judiciário que sejam corrigidas as irregularidades apontadas nos relatórios de Inspeção Sanitária da DIVISA e no Relatório de Vistoria do CRM. Dentre as melhorias requeridas, estão a reforma de áreas degradadas, elaboração de planos de contingência, discussão sistemática dos resultados das visitas técnicas com a liderança e profissionais, notificação dos casos diagnosticados ou suspeitos de doenças de notificação compulsória, elaboração do plano de segurança do paciente e protocolo de atendimento para patologias mais prevalentes, graves ou de risco, com base em evidências científicas.

Caso as adequações não sejam realizadas, o Ministério Público pede que seja estabelecida uma multa diária.

Fonte: Com informações do MPPI

Comente

Pequisar