Novo teto para reajuste de medicamentos será divulgado nesta segunda-feira
Limite de reajuste visa proteger consumidores e garantir acesso a remédios
A Câmara de Regulação do Mercado de Medicamentos (CMED) divulgará nesta segunda-feira (31) a lista com o novo teto de preços para os medicamentos vendidos em farmácias e drogarias. A medida é uma parte da Lei nº 10.742, de 2003, que estabelece a regulação do setor farmacêutico e prevê o reajuste anual dos preços dos remédios. É importante ressaltar que a definição deste teto não implica em um aumento automático dos preços, mas sim um limite permitido de reajuste que os fornecedores devem respeitar.

Responsáveis pela definição dos novos valores, os conselhos de ministros da CMED consideram fatores como a inflação medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) nos últimos 12 meses, a produtividade das indústrias farmacêuticas e custos adicionais que não são captados pela inflação, como variações cambiais e tarifas de energia elétrica. Em 2024, por exemplo, o reajuste anual dos preços dos medicamentos foi de 4,5%, correspondente ao índice de inflação do período anterior.
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A lista com os preços máximos que podem ser cobrados pelos produtos estará disponível no site da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). A legislação busca proteger os consumidores de aumentos abusivos, garantindo acesso aos medicamentos e preservando o poder aquisitivo da população. Ao mesmo tempo, o cálculo do teto de preços visa compensar eventuais perdas do setor farmacêutico devido à inflação e aos impactos nos custos de produção, assegurando a continuidade do fornecimento de medicamentos.
Os consumidores que encontrarem irregularidades nos preços podem acionar os órgãos de defesa do consumidor, como os Procons e a plataforma consumidor.gov.br. Além disso, denúncias podem ser feitas diretamente à CMED, através de um formulário disponível na página da Anvisa. A CMED é composta por diversos ministérios, incluindo os da Saúde, Casa Civil, Justiça e Segurança Pública, Fazenda e Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, com a Anvisa atuando como secretaria executiva para fornecer suporte técnico às decisões.
Fonte: Agência Brasil