Milícias se espalham

Milícias se espalham

Informou ontem em manchete o jornal O Estado de São Paulo que “há registros de grupos milicianos no Distrito Federal e em 23 Estados, entre eles Pará, Piauí, Ceará e Rio Grande do Norte”. Os dados, diz o jornal, foram levantados a partir de inquéritos, informações de serviços de inteligência policial, dados do governo e notícias publicadas pela imprensa. Não é difícil admitir que, sim, o Piauí faz parte dessa lista. E já tem bastante tempo. Grupos de extermínio agindo em Teresina são uma incômoda realidade, admitida por quem acha que a impunidade recorrente, a leniência policial e a lentidão do Judiciário podem ser substituídas por uma ação em que um criminoso é eliminado fisicamente, no que se vai ficando conhecido como cancelamento de CPF. Ocorre é que o extermínio de bandidos não pode ser tolerado porque no estado de direito o monopólio da violência pertence ao estado, a quem cabe prevenir e agir punitivamente contra quem delinque. Ademais, não há no ordenamento jurídico do país a pena de morte, de tal sorte que a existência de grupos milicianos que executam pessoas é um crime. Ora, não se combate o crime com outro crime. Neste sentido, é realmente preocupante que haja na sociedade não somente os grupos de extermínios e as milícias, mas muito mais a naturalização com que as pessoas lidam com isso. Quando se aceitam que grupos à margem do estado façam segurança pública, cobrem por proteção às pessoas e executem criminosos, está-se caminhando para o lodaçal em que criminosos disfarçados de bom moço criam um estado paralelo, impondo o medo como ferramenta de permanente intimidação, abrindo espaços para o enfraquecimento do aparelho estatal de justiça e segurança. Infelizmente, dentro e fora dos governos, há cada vez mais pessoas achando que milícias são uma solução, não um problema.


Ministro Sérgio Moro vai a Parnaíba para encontro com o prefeito Mão Santa e definir a sede da Polícia Rodoviária Federal (Foto: Antonio Cruz/ Agência Brasil)

Ausências notadas

Decididamente, poucos serão os políticos que estarão na recepção ao ministro da Justiça Sergio Moro, em Parnaíba, na próxima quinta-feira.
Grande parte dos parlamentares, incluindo os senadores Ciro Nogueira e Marcelo Castro estão metidos na Lava Jato que Moro, quando juiz federal, comandou.

Milícias no Piauí 1

A cúpula da Secretaria de Segurança do Piauí precisa se pronunciar para confirmar ou desmentir o que Informa o jornal O Estado de São Paulo. Segundo o jornal a existência de milícias no Piauí está respaldada pela ação da Polícia Civil do estado, que no começo de dezembro passado, com apoio do setor de inteligência da Polícia Militar, prendeu 13 pessoas, dos quais 10 policiais militares e um policial civil que praticavam crimes como roubo de carga, extorsão, tráfico de drogas e comércio ilegal de arma, na Operação Dictum.

Milícias no Piauí 2

Os presos debochavam das ações de combate à milícias, combinavam roubos e venda de combustíveis, cigarros e bebidas adulteradas, e falavam abertamente sobre agressões e assassinatos. O suposto líder do grupo seria um ex-PM, o cabo Vanderley, preso no aeroporto voltando de viagem ao Rio, e que, em 2017, teve o nome envolvido no assalto ao Banco do Nordeste. Eles negam os crimes e a formação de milícia.

Indiciamento

A despeito de os nomes dos envolvidos não terem sido divulgados, ainda em dezembro, o Grupo de Repressão ao Crime Organizado (Greco) concluiu o inquérito que apurou o envolvimento de policiais militares, um policial civil e dois ex-militares em diversos crimes como roubo, tráfico e extorsão em Teresina. Todos foram indiciados e seguiam presos até dezembro.

Mais realista que o rei

Patrick Firmino de Neiva Costa, diretor do Hospital Regional Senador Dirceu Arcoverde, em Uruçuí, resolveu fazer um recadastramento dos servidores efetivos, prestadores e contratados.
Ele evoca suas prerrogativas legais para isso, mas até onde se sabe quem faz recadastramento de servidores é a Secretaria de Administração e Previdência.
Não é, Merlong?

Aguapés

A Justiça deu um prazo para que a prefeitura de Teresina, o governo do estado e a empresa de saneamento Águas de Teresina retirem os aguapés do rio Poti.
Nem vai ser preciso que eles se mexam, porque a natureza deu conta de iniciar o serviço.  Mais alguns dias e chuvas acima da cidade devem levar para longe o verde inquietante dessas plantas aquáticas.

Quem paga por isso?

“Meu amigo hoje já fazem dois dias que estou com problema em casa por conta da ineficiência da Equatorial, só tem energia em uma fase. Na noite de quinta-feira feira última quando chegamos em casa por volta das 20:30 já não havia luz. Só consegui registrar o boletim de reclamação na sexta-feira por volta das 7:00, o número é 19003281. Sinceramente isso é um absurdo, a maior falta de respeito com o consumidor q já vi.”
O desabafo é de um morador da rua Dr Natan Portela Nunes, 4510, próximo a UFPI. 
Então, apelar a quem? Ao bispo?

Barragens

Leonardo Sobral Santos, diretor-geral do Instituto de Desenvolvimento do Piauí, criou uma comissão para análise e emissão de relatórios sobre a situação atual de conservação das barragens construídas pela autarquia.
Faz bem, porque não faltam problemas nessas barragens, obras caríssimas deixadas ao léu.

Encontro

Firmino Filho reuniu-se com o senador Elmano Ferrer, a quem derrotou em 2012 na disputa pela prefeitura de Teresina.
O senador garantiu apoio para que o município obtenha recursos federais, mas na conversa também rolou a simpatia do senador ao projeto político do prefeito tucano.

Passagem molhada

A prefeitura da cidade de Lagoa do Piauí, a 37 km ao Sul de Teresina, vai pagar R$ 329.089,50 à empreiteira Oásis Construções e Consultorias para a construção de uma passagem molhada sobre o riacho “Riachão”, zona Rural do município.
Uma passagem molhada é menos que uma ponte e bem menos que uma barragem. Mas custa caro.

Agropavimento

A Secretaria de Agronegócios do Piauí vai fazer 6.678,00 metros quadrados de pavimentação em paralelepípedo, em vias públicas do município de Arraial, que fica na região de Valença.
Dentro de sua ação em favor do agronegócio, a mesma pasta deverá promover a reforma da Praça matriz do município de Monsenhor Gil e do mercado público de Eliseu Martins.
Atuar em prol do agronegócio, necas de pitibiriba. Não rende.

Virada

O mês de janeiro está já em sua parte final, mas ainda é tempo de informar ao distinto público pagador de impostos do Piauí que a Secretaria de Turismo do Estado promoveu festas de réveillon em Luís Correia, Jacobina do Piauí, Monsenhor Gil, José de Freitas.

Carnaval

A Coordenadoria de Comunicação Social vai gastar R$ 400 mil em prévias de carnaval na Potycabana. Atentai, bem, na Potycabana.
A dinheirama de quase meio milhão de reais será paga sem licitação a empresa Ieleril Promoções de Eventos Ltda.
Resulta de emenda parlamentar impositiva do deputado estadual Coronel Carlos Augusto.

Carnaval de blocos

Essa ação carnavalesca no quadrado da Potycabana vai custar mais caro que todo o apoio financeiro que a prefeitura de Teresina vai dar aos mais de 30 blocos nos bairros de Teresina.

Crédito

Duas operadoras, a BRB – Crédito, Financiamento e Investimento S. A. e a UP Brasil Administração e Serviços Ltda. foram credenciadas pela Piauí Fomento para operar o chamado cartão de crédito do servidor.

PTB na eleição

Anteontem, JVC comandou evento do PTB em Aroazes, fazendo filiações e confirmando a candidatura de Manoel Portela Neto à prefeitura da cidade.

Ping-Pong 
O artista

Sexta-feira (11), no concerto do maestro e pianista João Carlos Martins, na abertura da convenção lojista, sentam-se lado a lado, o deputado federal Paes Landim e o irreverente, inconseqüente Raimundinho Santana, de Corrente.

Landim: “Meu caro Raimundinho, eu admiro essa sua liberdade. Depois que eu entrei na política, abandonei a vida cultural e artística...”
Raimundinho: “Não se deprima deputado porque todo eleitor sabe que o senhor é um artista”.

Originalmente publicado em 14 de abril de 2008.

Expressas 

R$ 1.485.414,95 é o valor do orçamento anual para 2020 do Conselho Regional de Educação Física (CREF15/PI).

A prefeitura de Campo Largo do Piauí está licitando obra de ampliação do cemitério da cidade, que leva o nome de São José.

R$ 337.157,56 é quanto à prefeitura de Picos vai pagar à empresa A. de Sousa Sá peças e serviços, destinados à manutenção e conservação da frota de veículos da Secretaria Municipal de Educação.

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