Equipe Mercedes desenvolve respirador para pacientes com coronavírus em cinco dias

Em parceria com universidade de Londres, hexacampeã de F1 tem aparelho aprovado pelo sistema nacional de saúde do Reino Unido; mil aparelhos devem ser produzidos por dia

Por Globo Esporte,

Atual hexacampeã mundial de Construtores na Fórmula 1, a Mercedes desenvolveu em apenas cinco dias, num trabalho conjunto com a Universidade College de Londres, um respirador para ser utilizado por pacientes com coronavírus. O aparelho foi aprovado pela NHS, o sistema nacional de saúde do Reino Unido.


Paciente usa respirador no hospital — Foto: Divulgação

É o primeiro dispositivo desenvolvido por uma equipe de Fórmula 1 desde que passou a haver uma atuação conjunta após uma convocação extraordinária do governo local. Além da Mercedes, outras seis equipes com sede no país estão colaborando em áreas como prototipagem rápida, design e testes para o desenvolvimento de aparelhos que ajudem nessa pandemia de Covid-19. O trabalho está sendo chamado de "Project Pitlane".


Fábrica da Mercedes, em Brixworth, na Inglaterra — Foto: Divulgação

O aparelho desenvolvido pela Mercedes se chama Continuous Positive Airway Pressure (Pressão Positiva Contínua nas Vias Aéreas, em português) e ajudará pacientes com problemas graves de respiração. Com a aprovação do sistema, a estimativa é de que mil aparelhos possam ser fabricados por dia. Chefe de alta performance da Mercedes, Andy Cowell comemorou:

"A comunidade da Fórmula 1 mostrou uma resposta impressionante ao pedido de apoio, reunindo-se no coletivo "Project Pitlane" para apoiar a necessidade nacional neste momento em vários projetos diferentes"

Já o professor Tim Baker, do departamento de engenharia mecânica da universidade, exaltou o fato de que um projeto desses teoricamente levaria muito mais tempo para ser desenvolvido:

- Dada a necessidade urgente, somos gratos por termos conseguido reduzir um processo que poderia levar anos para questão de dias. Como recebemos o resumo, trabalhamos todas as horas do dia, desmontando e analisando um dispositivo não patenteado. Usando simulações em computador, aprimoramos ainda mais o dispositivo para criar uma versão de ponta adequada à produção em massa. Tivemos o privilégio de poder recorrer à capacidade da Fórmula 1.

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