Povos originários manifestam durante o 20º Acampamento Terra Livre em Brasília

Reunidos em Brasília na tarde desta quinta-feira (25), milhares de indígenas vindos de todas as regiões do país tomaram conta da capital nacional no 20º Acampamento Terra Livre, reunião nacional de povos originários para reivindicação de direitos.

Segundo a Articulação dos Povos Indígenas do Brasil (APIB), este ano mais de 9 mil pessoas participaram da caminhada até o palácio do Planalto.

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Durante a programação, mais de 40 lideranças nacionais e representantes de diversos tribos e povos indígenas levaram uma carta com as demandas dos grupos originários e mantiveram uma conversa com o Presidente Lula.

Apesar disso, o mandatário não foi poupado de críticas dos manifestantes e das lideranças durante o percurso até a sede do executivo. Lula foi acusado de inércia diante do avanço do marco temporal, que altera a demarcação de terras indígenas e de diminuir o poder de ação do Ministério dos Povos Indígenas, atualmente sob a chefia de Sônia Guajajara, com cortes financeiros e tolhido de atuação em meio à crise do governo com o 'centrão'.

Indígenas também pediram para que o governo dialogue com funcionários do IBAMA e assim termine com a greve do principal órgão de proteção ambiental do país, o que tem atrasado o combate ao garimpo ilegal e ao desmatamento, principal causa de queimadas em terras indígenas, o que agora em 2024 foi a causa da queima de mais de 1,98 milhão de hectares, um aumento de 319% em comparação aos três primeiros meses de 2023, segundo apontamento do Instituto de Pesquisa Ambiental da Amazônia (IPAM).

Foi pontuado ainda o pedido para maior investimento na FUNAI após 363 mortes de indígenas yanomamis em 2023, segundo registro do Ministério da Saúde, ainda primeiro ano do governo Lula e que pouco tem mudado durante o seu segundo ano.

Fonte: Portal AZ